domingo, 20 de junho de 2010

A mediação de Maria



A mediação e intercessão de Nossa Senhora por nós, diante de DEUS, não é uma mediação "substitutiva" ou "paralela" à de Jesus, mas a contrário, acontece com base na única mediação de Cristo, homem e Deus, Sumo Pontífice (ponte) entre Deus e os homens. Sem esta, todas as outras mediações não teriam eficácia. É uma mediação cooperadora, subordinada. Jesus não quis salvar o mundo sozinho; Ele quis e quer nossa ajuda e cooperação, tanto em termos de trabalho como de oração; especialmente de Sua Mãe.

O Concílio Vaticano II, na Lúmen Gentium, explica-nos bem como é a mediação de Nossa Senhora diante de Deus. "A maternidade de Maria na dispensação da graçaperdura ininterruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anunciação, que sob a Cruz ela resolutamente manteve, e manterá até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assumida aos céus, não abandonou esta salvífica função, mas por sua multíplice intercessão continua a granjear-nos os dons da salvação eterna. Por seu maternal amor cuida dos irmãos dos seu Filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria .

"Por isso a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora, Medianeira. Isto, porém, se entende de tal modoque nada derrogue, nada acrescente à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador".

"Com efeito; nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano como o Verbo Encarnado e Redentor. Mas, como o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e como a indivisa bondade de DEUS é realmente difundida nas criaturas de maneiras diversas, assim também a única mediação do Redentor naõ exclui, mas suscita nas criaturas cooperações diversas, que perticipam de uma única fonte". E continua: " A igreja não hesita em proclamar essa função subordinada de Maria. Pois sempre de novo experimentae recomenda-se ao coração dos fiéis para que, encorajados por esta maternal proteção, mais intimamente deem sua adesão ao Mediador e Salvador" (LG nº 62). O Papa Paulo VI, em sua Exortação Apostólica, Signum Magnum nº1, escreveu: " A Virgem continua agora no céu a exercer a sua função materna, coordenando para o nascimento e o desenvolvimento da vida divina em cada uma das almas dos homens redimidos. É esta uma verdade muito reconfortante, que, por livre disposição de DEUS sapientíssimo, faz parte do ministério da salvação dos homens: por conseguinte, deve ser objeto da fé de todos os cristãos.

Desde os primeiros séculos os cristãos que enfretavam o martírio já se recomendava a Nossa Senhora, rezando: " Debaixo de vossa proteção nos refugiamos, ó Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, virgem gloriosa e bendita".

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